Tudo indica que Amarante deve a sua origem aos povos primitivos que demandaram a serra da Aboboreira (habitada desde a Idade da Pedra), embora se desconheça com exatidão o nome dos seus fundadores. Há também registos posteriores de povoamento, já na Idade do Bronze e mais tardiamente da civilização Romana, mais dispersa pelo território.
Julga-se que o primeiro edifício a ser erguido, nos limites da atual cidade de Amarante, terá sido a Albergaria do Covelo do Tâmega, no séc. XII, por ordem da rainha D. Mafalda, esposa de D. Afonso Henriques. Estas albergarias eram construídas em locais pouco povoados e destinavam-se a albergar os viajantes, especialmente os mais pobres, com dificuldades em encontrar assistência nas suas deslocações pelo território.
Apesar de já existirem, nessa época, as igrejas de S. Veríssimo e de Lufrei e outras igrejas também de estilo românico, no concelho, à volta das quais se estabeleciam as populações, crê-se que a Albergaria foi o embrião da povoação que começaria a estabelecer-se um século mais tarde, nos limites daquele que é hoje o centro histórico da cidade.
Dá-se como certo, que a urbe ganhou importância e visibilidade com a chegada de S. Gonçalo (1187-1259), nascido em Tagilde-Guimarães, que aqui se fixou depois de peregrinar por Roma e Jerusalém.
Em tempos não muito longínquos, o concelho de Amarante pertencia, administrativamente, à província do Minho, fazendo fronteira com os concelhos de Celorico de Basto (N), Gestaço (E), Gouveia (S) e Santa Cruz de Riba Tâmega (O). Com as reformas administrativas liberais do séc. XIX desapareceram os municípios de Gouveia, Gestaço e Santa Cruz de Ribatâmega, tendo o de Amarante recebido a maioria das suas freguesias. Desde então o concelho estende-se por uma área de 301,5 quilómetros quadrados, a que correspondem, hoje, 26 freguesias, ocupando uma posição de destaque na região do Douro-Tâmega.